Criptomoeda

Bancos monitoram transferência de dinheiro para exchanges de Bitcoin

Última atualização em: 2 de setembro de 2018 às 10:46

Bancos vão monitorar mais a fundo as transferências de dinheiro para exchanges de criptomoedas depois de um comunicado enviado pela Receita Federal aos principais bancos do país.

A Receita Federal do Brasil (RFB) emitiu um comunicado aos bancos pedindo para que as instituições financeiras monitorem transações consideradas de alto risco de sonegação de impostos ou lavagem de dinheiro. Agora, além de compra jóias e envio de dinheiro para o exterior, o documento também considera a transferência de dinheiro de/para exchanges de bitcoin e outras criptomoedas como sendo operações de risco.

Já falamos aqui que alguns bancos possuem uma posição contrária à compra e venda de criptomoedas. O Banco Itaú e o Bradesco, por exemplo, costumam encerrar contas bancárias de correntistas que realizam movimentações relacionadas às criptomoedas. .

Bitcoin é considerado para a Receita um ativo financeiro, sujeito à tributação, declaração e apuração de ganho de capital em caso de lucro. Bancos agora monitoram transações para contas de exchanges com mais atenção (divulgação)

O envio do documento aos bancos não foi divulgado pela RFB, pois o órgão prepara uma grande operação de combate a sonegação de impostos e lavagem de dinheiro. O alvo seriam operações que teriam acontecido durante os anos de 2013 2014, 2015 e 2016 e não foram declaradas ao Fisco no, respectivo, Imposto de Renda (I.R). A Receita Federal tem o prazo de cinco anos para contestar as declarações de contribuintes.

A Receita Federal do Brasil (RFB) já havia decidido que quem tem bitcoin ou outras criptomoedas deve declarar tal informação no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), inclusive o “Perguntão do Imposto de Renda” foi atualizado para a inclusão de criptomoedas.

P2P deve crescer – Com o aumento do controle do Fisco e os bancos dificultando a compra e venda deste ativo – exchanges encontraram dificuldade para abrir conta em bancos, por exemplo – deve crescer o uso do P2P. As vendas de pessoa para pessoa dificultam a fiscalização do “leão” principalmente quando o pagamento é feito em espécie, boleto bancário ou na boca do caixa sem a identificação do depositante.